A dor passa, as cicatrizes ficam e o futuro a mim pertence

Depois de uma análise bem objetiva e crítica cheguei à conclusão que os últimos dois anos foram talvez os mais dífíceis da minha vida. Pensava que não, mas efetivamente foram muito duros para mim. A distância fez-me ver que muita coisa ia mal no meu reino e eu negligenciei os sinais. Não me culpabilizo por isso, sei que fiz o que pude e o que não pude para que as coisas tivessem um resultado positivo. Esperava que a outra parte também fizesse o mesmo, no entanto o objetivo dele era outro. Ainda doi muito, um tipo de dor que já é diferente daquela que sentia à uns meses atrás, mas mesmo assim é dor. Ando sempre a dizer isto e acaba por ser o melhor que se aplica aos males de coração: o tempo cura tudo. Atenua a dor, torna as feridas menos profundas e faz-nos olhar para o dia que vem com esperança.
Quando tudo aconteceu muitas pessoas me disseram que o tempo iria curar a dor que sentia. É verdade! A mais pura das verdades. Não se esquece, fica cá tudo! Só que quando aparece, a dor já não é tão angustiante. Tão absoluta. Passados estes meses admiro-me de ter aguentado tanta coisa. Teria sido tão fácil desistir, baixar os braços e deixar a tristeza tomar conta de mim. Entregar-me à despressão que andou a rondar a minha cabeça. Este era definitivamente o caminho mais fácil mas como sou uma teimosa, optei pelo percurso mais tortuoso e difícil. Tem valido a pena. Descobri alguns dos meus limites, do que quero e do que não quero. Não penso que valeu a pena ter passado por tudo isto, seria a verdadeira loucura pensar assim, só que, já que tive que passar por esta provação, que o faça com a cabeça erguida e que aprenda alguma coisa.

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