Ir ao hiper aos domingos pela manhã não é uma boa política. Lá ando eu, acompanhada pelos meus paizinhos e a cruzar-me com casais enamorados, com os filhotes amorosos nos carrinhos a fazerem as compras da semana. Sei que pareço amarga e, em certa medida, sinto um certo azedume por ainda não ter conseguido encontrar o meu ponto de equilíbrio. Tem sido difícil aceitar o facto de me ver sozinha, sem uma família minha, sem a presença de uma pessoa especial que me faça sorrir. Não tem aparecido ninguém que me faça virar a cabeça e, sinceramente, acho que eu não estou propriamente disponível. A mágoa ainda é muita e ainda custa pensar nas coisas. Saber que ele já está de casamento marcado, a viver com ela e a trabalhar para a empresa da família dela (sim, deixou o emprego na câmara e foi estagiar para a empresa de construção da família dela como engenheiro estagiário) faz-me ver o canalha que ele é. Um interesseiro que usa todos aqueles que lhe passam pela vida. Quando se farta, d...