O ataque do divorciado...

     Isto de se ser divorciada tem muito que se lhe diga! Apesar de nunca me ter sentido verdadeiramente casada e isso prende-se com o fato de não termos partilhado casa nos 11 meses que estivemos casados. A nossa vida de casados deveria ter começado quando ele terminou tudo. Ele terminava o curso e eu dedicava-me ao mestrado para depois passarmos a vivermos juntos. Eram só uns meses a encontrarmo-nos aos fins de semana. Bem, já se sabe o que se passou. Enquanto namoravamos estivemos mais tempo juntos do que quando casados. E, se numa fase inicial até entendia as ausências, para o fim já não as suportava. Fui aguentado e acreditando. Vim a saber que o tempo livre dele era passado com a sua "grande amiga"e os seus amigos. Enfim, fui traída e ainda fui crédula ao ponto de ter acreditado que não tinha outra. Quando não queremos ver, não há nada a fazer. Ficamos ceguetas de todo.
   
     Tem sido complicado mas tenho puxado por mim. Não ficar em casa a moer as cismas e a dedicar-me ao que gosto. Estou finalmente a trabalhar perto de casa e a conhecer novos colegas.
     É nisso de conhecer novos colegas que surgem as novidades...
     Não, não estou apaixonada nem nada que se pareça! No princípio de dezembro e num momento de desespero (quando fiquei a saber que a coisa tinha assumido a amante) disse o que se passava comigo a um colega que estava presente quando recebi a notícia. Foi uma conversa muito rápida que serviu para explicar o motivo da minha cara naquele momento. Esse colega, também divorciado, passou a andar muito preocupado comigo!! Mensagens no FB, por mail a perguntar como é que eu estava, a disponibilizar-se para tomar um café e falarmos. Enfim, senti-me acossada. Durante uns dias foi uma constante. Agradeci a disponibilidade mas nunca fiz mais nada. Se calhar o colega estava a ser só gentil mas mesmo assim senti-me assediada de uma maneira pouco agradável. Confesso que se fosse um  rapaz giro, pelo qual senti-se um certo interesse físico, ainda iria tomar um café mas, não é esse o caso. Nunca dei qualquer tipo de sinal de que poderia estar interessada. Fui só simpática como sou para todos os colegas. Ainda por cima, este colega anda sempre a rondar as professoras mais novas e as novas na escola. Parece que anda à caça!!!  
     Não há nada mais piroso do que um comportamento predador, sejam, solteiros, divorciados, viúvos ou até mesmo casados. Para isso não há paciência, não é?
    

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