Desde que cheguei de Budapeste (coisa gira de se dizer) não tenho parado. O trabalho ficou a multiplicar-se como fungos malucos e para além de repor as aulas que faltei, tenho as reuniões intercalares e toda a papelada que isso acarreta. Não posso esquecer que a escola alimenta-se a papel de burocracia. Enfim, não gosto lá muito mas lá terei de o fazer. Tenho tido a vida ocupada e isso tem-me feito bem. Os dias passam, a mágoa continua cá mas já não me ocupa os dias. Continuo sem entender muita coisa e penso que nunca chegarei a obter as resposta que gostaria. Passei quatro anos da minha vida com uma pessoa com a qual partilhei sonhos, esperanças, medos e tudo o que faz uma relação. Havia cumplicidade e entendimento, tanto que nunca houve uma discussão ou um desentendimento grave. Ele quis dar o passo seguinte, dizia-me que me amava, que me queria como companheira de vida e eu acreditei. Amei-o muito e esmifrei...