Durante esta semana tenho penado, mas penado a valer! Sinto-me tão mal que quase que falta o ar. Que não consigo inspirar  ar sufuciente sem que isso me cause dor. Não é uma dor física, é uma dor de alma. Fui abandonada de todas as formas pela pessoa em quem mais confiava. A qual pensava que me ia proteger, amar e acompanhar. Trocada por outra após 11 meses de casamento! Como é que eu faço para andar para a frente? Como? Saber que o romance da coisa vai de vento em popa e que a vida profissional dele também corre pelo melhor, faz-me olhar para mim e a minha vida. Continuo na merda, a sentir-me uma merda e com perspetivas de um futuro imediato de merda. Estou sozinha, mas tão sozinha como nunca estive em 34 anos de vida. Uma solidão que ocupa cada molécula do meu corpo e pensamento. Não tive culpa mas sou eu que estou a pagar. E tem sido tão duro, tão solitário o calvário que ele me faz passar.
Tenho feito tudo o que me dizem: anda com a tua vida para a frente; diverte-te; goza a vida; não te deixes ir abaixo; ele não merece o teu sofrimento; não penses mais no assunto. Tenho feito tudo isso. Só que, quando estou sozinha, deitada na minha cama, choro. Choro por tudo o que passei, por tudo o que deixei de ter, por tudo o que ainda vou passar.
A vida está a ser injusta comigo e eu estou a ter muitas dificuldades em conseguir dar-lhe a volta.  Quero tanto encontrar a minha serenidade, o meu ponto de equilíbrio para poder sair deste inferno em que tenho vivido nos últimos dois anos. Por vezes parece que estou quase lá mas depois, descambo por aí abaixo e fico novamente no fundo do poço. Tenho tanto medo de ter perdido a capacidade para amar, para confiar e abrir o meu coração. 

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